“Bastardos e Inglório”, Hannah Arendt e Carl Schmitt

“Bastardos e Inglório”, Hannah Arendt e Carl Schmitt

O filme “Bastardos e Inglório” retrata acontecimentos da 2ª Guerra Mundial, onde a França foi ocupada pelos nazistas e foi dada ao tenente Aldo Raine a missão de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, para realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo era matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente, Shosanna Dreyfuss assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa, o que faz com que fuja para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e proprietária de um cinema local, enquanto planeja um meio cruel para se vingar.
Na obra “As origens do totalitarismo” de Hannah Arendt, esta estabelece um paralelo entre o nazismo e o comunismo, enquanto ideologias políticas totalitárias, evidenciando como todo regime totalitarista necessita da banalização do mal, do terror, da manipulação das massas para se sustentar e perpetuar. E em “Eichmann em Jerusalém”, o grande exterminador dos judeus era alguém terrível e horrivelmente normal, que se limitava a cumprir ordens, com zelo, mas sem capacidade de separar o bem do mal, ou de ter mesmo contrição, que segundo ela é uma prova da banalidade do mal, que é um dos mais desafios ameaçadores a toda e qualquer sociedade ou cultura.
Já ao contrário de Hannah, Schmitt defendia a existência de um Estado forte, centralizado, cabendo ao soberano ser o guardião da Constituição.
Para Schmitt, apenas um ditador forte poderia encarnar a vontade popular mais efetivamente que um corpo legislativo, como pode ser decisivo, considerando que parlamentares inevitavelmente envolvem discussões e compromissos. Ademais, cria que todo governo capaz de ação decisiva deve incluir um elemento ditatorial na sua constituição e que soberania é apenas resultado do modo como o poder de decidir a instauração do Estado de Exceção. Para entender o distanciamento entre Schmitt e Arendt, menciona-se uma das obras