É problema meu
O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO INSERIDAS NO ESPAÇO URBANO – O EXEMPLO DO PARQUE DA CIDADE, MUNICÍPIO DE NITERÓI - RJ
Simone Pereira Brandão 1
RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo central analisar o processo de criação de Unidades de Conservação inserido em espaços urbano, bem como identificar suas principais funções e usos e as relações com seu entorno. O Parque da Cidade, município de Niterói, pertencente à Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, é regulamentado pela Lei Municipal n.º 1157/92, que define sua área e seu uso como sendo “de domínio público, destinado à proteção da fauna, flora e belezas naturais, onde é permitida a visitação pública para fins recreativos, educacionais e científicos de forma conciliada com a preservação dos ecossistemas naturais existentes”. O Parque da Cidade situa-se na arte superior do Morro da Viração, elevação costeira do Maciço Atlântico, nas coordenadas 22º54’ de latitude sul e 43º02’ de longitude oeste e tem como característica principal abrigar um remanescente de Mata Atlântica secundária, resguardando uma fauna característica deste ecossistema. A metodologia utilizada para execução deste estudo consistiu na análise de informações referentes à criação de unidades de conservação inseridas em espaços urbanos. Além do embasamento teórico, foram realizadas entrevistas, através de questionários, dirigidas aos freqüentadores do Parque e aos moradores do entorno, procurando avaliar a integração sócio-espacial destes com esta Unidade de Conservação. Os resultados obtidos mostraram que as funções de lazer, através do contato com a natureza e a apreciação da paisagem, e da prática de esportes são as mais relevantes entre os freqüentadores do Parque da Cidade. Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o atendimento a estas funções