Problemas
NATÁLIA ZONTA
OCIMARA BALMANT
DE SÃO PAULO
Da multiplicação das cracolândias à falta de estacionamento, veja questões que afetam o dia a dia do paulistano:
1 CADÊ OS CORREDORES?
A expansão das linhas de metrô não vai resolver o problema do transporte público. Segundo especialistas, para que o paulistano deixe o carro em casa, é preciso investir mais em corredores de ônibus: tanto na construção de novas faixas exclusivas como em melhorias nos dez corredores atuais, o que inclui faixas para ultrapassagem. Marcos Bicalho, da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público), sugere que a CET trabalhe com corredores operacionais: faixas comuns que, em horário de pico, seriam usadas apenas pelos ônibus. "Facilita, porque é possível criar à medida que for preciso." Em nota, a SPTrans afirmou que está previsto um investimento de R$ 92 milhões na requalificação de sete corredores e outros R$ 60 milhões na implantação de novos eixos.
2 FAVELA DE QUATRO ANDARES
A cena é comum. A família cresce e as construções das favelas vão ganhando mais andares, sem um alicerce adequado. Em locais como Heliópolis e Paraisópolis, por exemplo, há algumas com até quatro pavimentos. "Isso acontece porque a favela tem índice demográfico maior do que o do restante da cidade e, além disso, tem um espaço pequeno e delimitado", diz o arquiteto Ruben Otero, professor da Escola da Cidade. Ele explica que o risco é grande quando a favela está em área íngreme ou às margens de córregos. "O problema nem é tanto a construção, mas as condições do subsolo, que são comprometidas."
3 NO ESCURO
Apesar de precisar melhorar na inclusão de deficientes, a cidade avançou: calçadas ganharam guias rebaixadas, boa parte dos elevadores tem acesso a cadeirantes, o ensino de libras cresceu. Os cegos, no entanto, continuam com dificuldades. Faltam semáforos sonoros para pedestres, sinalização em braile e aviso em áudio nos pontos de ônibus. No rol de