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Minha visão sobre a feira dos nordestinos

A feira não é simplesmente um lugar para compras e vendas como sugere o nome. É um centro de tradições nordestinas que respeita e valoriza a cultura, os costumes e a gastronomia nordestina. O lugar apresenta bares; restaurantes com comidas típicas do Nordeste; comércios de roupas, DVD’s, bolsas; palcos com música ao vivo e até mesmo uma discoteca. O local é bastante frequentado por nordestinos, mas percebe-se também a presença de muitos cariocas e até turistas estrangeiros. Na feira de São Cristóvão está inscrita a história da migração nordestina para o Rio de Janeiro.
Sem dúvidas, a culinária é um dos grandes atrativos da feira. Os restaurantes oferecem uma enorme variedade de comidas típicas nordestinas e encontram-se sempre cheios. As bebidas também fazem muito sucesso no local, além das iguarias do Nordeste como frutas, doces e farinhas. Na música, o forró é o principal ritmo da feira. Os dois palcos existentes no local atraem a atenção de todo o público e levam muitos casais para dançar o ritmo, que é o mais querido entre os nordestinos mais velhos.
Em relação à representação dos estados na feira um fato me chamou a atenção. A Bahia possui pouca representação na feira. Na culinária, acarajé e vatapá perdem espaço para o baião de dois e a carne de sol. Além disso, não avistei a presença de nenhuma baiana do acarajé, com seu vestido branco e enfestada de colares no pescoço. Em momento algum escutei tocar o axé baiano, ou vi uma roda de capoeira. O baiano é visto pelos próprios nordestinos como uma categoria à parte que não possui semelhanças com os outros grupos provenientes do Nordeste. Em contraposição à ausência da Bahia, apresenta-se a presença paraense. Há um grande restaurante na feira com um cardápio composto inteiramente de comidas paraenses, além de apresentar uma bandeira do Pará estendida sobre a entrada do local. Na música, o “tecnobrega” paraense de Gaby Amarantos e da banda Calypso só não são mais