É assim que eu escrevo(PP 11 a 28)
Diferente do português, uma língua flexional (relações gramaticais a partir da ordem das palavras e suas flexões), o japonês é uma língua aglutinante (acumulação de afixos distintos após um radical e tem como objetivo exprimir as relações gramaticais). A gramática de ambas se distingue pela estruturação, uma vez que o português segue a linha sujeito-verbo-objeto, o japonês estrutura-se em sujeito-objeto-verbo. Além da composição, a diferença mais destacada entre os dois idiomas é o sistema escrito, uma vez que troca-se um alfabeto de vinte e seis letras por quatro alfabetos; um de 2136 ideogramas (símbolos que carregam significado); um de dezenove letras e dois silabários com quarenta e quatro símbolos – parte variante em fonética – cada. Segundo André Willian de Oliveira, esse é um dos motivos que assusta o brasileiro a estudar japonês, encaram a complexidade do sistema escrito como algo impossível. Entretanto, ao estudar a língua, percebe-se que é menos complicado do que parece, e que os falantes já tiveram diversos problemas com ela antes das muitas transformações que teve que passar para se tornar o que é hoje. A escrita de ideogramas japonesa, segundo a maioria dos japonólogos, veio da China por meio de imigrantes e descendentes chamados toranji. Os primeiros textos escritos em ideograma no Japão ficaram conhecidos como Kanbun(todo em Kanji) que com o passar do tempo foram traduzidos para o japonês, também através dos kanjis chineses, nomeando-os como Kanbun Kudoku.
Mais tarde, os japoneses começaram a ter conflitos linguísticos entre a escrita e a gramática, os levando a criar inicialmente o Ondoku: kanjis que consideram apenas o seu valor fonético; e o Kundoku: ideogramas selecionados pela parte semântica, adaptando à palavra ou ao som japonês. Legitimado como Mangana, são exemplos de ideogramas chineses na forma, mas expressam termos inexistentes no chinês.
Logo, como escrita oficial, o