È isso aí
a marca Obama vença ou não a eleição para a presidência dos estados unidos, o “adaptativo” Barack oBama já pode ter mudado os negócios para sempre com sua ascensão, que utilizou muito a internet e se dirigiu à nova geração Y, como explica reportagem Fast companY
O
que quer que você faça, não machuque o Barack!” Era a tarde da Superterça e o céu de Chicago anunciava neve. O senador Barack Obama tinha acabado de voltar a sua cidade natal, depois de eleitores de 22 estados terem feito história ao preferirem, na maior prévia eleitoral dos Estados Unidos, um homem negro a uma mulher branca para a candidatura democrata à presidência do país. Um Obama exausto adiava os telefonemas para os levantadores de fundos de sua campanha e aproveitava o ginásio local para jogar basquete com o sobrinho, o cunhado e uns amigos. Os arremessos eram seu descanso. Entre os que estavam na quadra, seu velho amigo –e grande contribuinte– John W. Rogers Jr., fundador e presidente do conselho de administração da Ariel Capital, empresa de investimentos detentora de cerca de US$ 13 bilhões em patrimônio. Ele é vizinho de Obama em Hyde Park, Chicago, e já havia jogado com ele diversas vezes. Mas, enquanto Rogers se dirigia ao ginásio, foi abordado por sua colega, a CEO da Ariel, Mellody Hobson. Amiga de Obama e de sua esposa, Michelle, Mellody sabia que Rogers, normalmente tímido, podia ficar agressivo na quadra. Então, ela implorou que ele fosse gentil com o senador: “Ele não pode parecer acabado na TV!” (ou ter um olho roxo). Mellody não tinha por que se preocupar. No basquete, Obama é conhecido mais por sua lábia do que pelas chegadas à cesta. “Relaxem, tenho jogo de sobra”, exclamou ele. A Superterça mostrou que ele estava certo: na quadra, seu time venceu dois dos três enfrentamentos, e ele saiu do ginásio sem um arranhão; nas urnas, ganhou em 13 estados e sua rival, Hillary Clinton, em apenas nove, o que o consolidou como o candidato democrata, que logo obteve a