Ótimo!
Carlos Drummond de Andrade foi um poeta brasileiro e nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902 e faleceu em 1987. Ele veio de uma família de fazendeiros em decadência, estudou em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ e também em Belo Horizonte começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas. Depois de já formado em farmácia, ele fundou “REVISTA” que foi um veículo do modernismo mineiro
Carlos começou a lecionar português e geografia, mas não estava satisfeito e resolveu parar, então voltou à Belo Horizonte para ser redator no Diário de Minas. Em 1928 publicou “No meio do caminho”, provocando um escândalo, com a crítica da imprensa. Diziam que aquilo não era poesia e sim uma provocação, pela repetição do poema. Foi auxiliar de gabinete da Secretaria do Interior de Minas. Em 1930 publicou o volume "Alguma Poesia", abrindo o livro com o "Poema de Sete Faces", que se tornaria um dos seus poemas mais conhecidos.
O modernismo exerceu grande influência em Carlos Drummond de Andrade. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida, e de humor. Drummond fazia verdadeiros "retratos existenciais", e os transformava em poemas com incrível maestria. A poesia de Carlos Drummond de Andrade era facilmente entendida e captada pelo grande público, o que o tornou poeta popular, o que não quer dizer que seus poemas fossem superficiais.
Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987, doze dias depois do falecimento de sua filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade.
(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio um pouco ficou, um pouco nos muros zangados, nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo no pires de porcelana, dragão partido, flor branca, ficou um pouco de ruga na vossa testa,