Índio na literatura brasileira
“Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendessem e eles a nós, seriam logo cristãos porque eles não têm nem entendem nenhuma crença, segundo parece. (...)”
O Uraguai é um poema que trata um assunto de caráter épico, narra o massacre dos indígenas, por tropas portuguesas e espanholas, na região conhecida como Sete Povos das Missões, assim chamada por ser composta por sete aldeias indígenas sob a tutela de jesuítas. O conflito é consequência do tratado de Madri que definiu a troca de territórios entre Portugal e Espanha. Segundo este acordo, os Sete Povos das Missões deveria pertencer a Portugal enquanto a Espanha teria a posse da Colônia do Sacramento. Os indígenas que habitavam esta região se negaram a sair, representando um entrave às pretensões portuguesas de aumentar a extensão do seu território, portanto, com a finalidade de expulsar os índios é travada a batalha narrada por Basílio da Gama. No poema Basílio da Gama exalta a figura do Marques de Pombal, a quem era fiel e recebia favores. O poema é marcado pelo ataque aos jesuítas, odiados pelo estadista português, pois eram responsáveis pela descentralização do poder, já que tinham influencia em questões políticas. Os primeiros versos do Uraguai expressam a visão do colonizador em relação ao índio. Considerado inferior por não ter recebido uma educação segundo os padrões