êxodo rural
Êxodo rural, envelhecimento e masculinização no Brasil: panorama dos últimos 50 anos
Desde os anos 50, milhares de pessoas saem do meio rural em busca de melhores condições de vida no meio urbano. De 1960 a 1980, o êxodo rural envolveu 27 milhões de brasileiros. A população rural representava 44% da população do país em 1970 e apenas 22% em 1996.
Esse estudo analisou historicamente o êxodo rural brasileiro até 1999. Para entender melhor, é preciso classificar urbano e rural. No Brasil, a diferença é definida administrativamente. “Urbano” corresponde às cidades (sedes municipais), vilas (sedes distritais) ou áreas urbanas isoladas. Já “rural” corresponde a área situada fora dos limites urbanos, inclusive os aglomerados rurais de extensão urbana, os povoados e os núcleos.
O êxodo rural teve início nos anos 50 e foi marcado pela emigração marcante da região Nordeste, seguida pela da região Sudeste. Os principais destinos são áreas metropolitanas e colheita de café em São Paulo e Paraná, além da construção da estrada Belém-Brasília.
Nos anos 60, a saída é destacada na região Sudeste, devido à substituição dos cafezais por pastagens e à expansão das grandes cidades da região. A região Nordeste fica em segundo lugar, sendo essa a década com menor êxodo na região.
Nordeste, Sudeste e Sul tem diminuição nas suas populações rurais nos anos 70. Deve-se à mecanização da agricultura e pecuarização, necessitando de menos mão-de-obra, e ao mercado de trabalho urbano que continua em crescimento. Quanto ao Sul, a expansão da fronteira agrícola é pequena e os gaúchos migram apara as áreas rurais do Norte. Além disso, a fecundidade da zona rural entra em declínio nesse período.
Os motivos de êxodo da década de 80 estão relacionados com a expansão da fronteira agrícola do Centro-Oeste (com ênfase para a produção de grãos) e a pouca quantidade de mão-de-obra exigida na pecuária. A principal região com emigrantes é, novamente, a