Étienne-louis boullée
Com apenas dezoito anos já era professor da École des Ponts et Chaussés. Kaufmann, citando Villar, aponta o enorme entusiasmo sempre comunicado por Boullée a seus alunos.
Sua primeira obra conhecida é a capela da Igreja de Saint-Roth, de 1752. Em 1762 ele elaborou um projeto para a Real Casa da Moeda com o qual foi admitido na Academia de Arquitetura. A partir dessa data, trabalhou especialmente em projetos residenciais para a nobreza parisiense, projetando, por exemplo, os Hôtels de Tourolle, o de Thün, o de Brunoy.
Em 1775 começou a trabalhar para o Conde de Artois. Neste mesmo período supervisionou as obras dos Inválidos e da Escola Militar. A partir de 1778, dedicou-se a reformas em edificações reais, participando de concurso para reforma do Palácio de Versalhes e elaborando projeto para a Ópera de Paris e para a ampliação da Biblioteca Real, dentre outros.
Em 1780, Boullée começou seu próprio curso de arquitetura, que se reflete em ensaios importantes como L'Architecture: Essai sur l'art, Recuieil d'Architecture, - complemento do Essai -, e Considerations sur l'Architecture.
Foi como teórico e professor da École Nationale des Ponts et Chaussées , entre 1778 e 1788 que Boullée causou impacto, desenvolvendo um estilo geométrico e abstrato, inspirado nas formas clássicas. Sua característica principal foi remover toda ornamentação desnecessária, aumentando as formas geométricas para uma escala imensa e repetindo elementos como colunas de forma colossal.
Boullée promoveu o conceito de fazer a arquitetura expressar seus propósitos, o que levou seus detratores a chamá-la de architecture parlante, mas que se tornou um dos elementos essenciais da arquitetura de Belas Artes no século XIX.
O melhor exemplo desse estilo foi o