Ética
Porém, hodiernamente, os direitos humanos ainda são efetivados de forma seletiva, ou seja, em decorrência de terem sido usados como promoção política durante a Guerra Fria, percebe-se que a sua universalização está longe de ser atingida.
Em decorrência disso, a promoção e a defesa dos direitos humanos é fundamento de uma vasta rede de movimentos sociais e de Organizações Não-Governamentais, dessa forma, (re)formula-se os conceitos de justiça global e sobretudo de cidadania. Os papéis assumidos pelos movimentos sociais e pelas ONG’s, proporcionam uma (re)configuração do global, a partir de agora, chamado de cosmopolitismo. Onde o papel do Estado-Nação, encontra-se em reformulação no cenário mundial, onde as faces de uma globalização hegemônica dificultam a atuação planificada e essencialmente cosmopolita na questão dos direitos humanos. Atuam assim, organismos internacionais sob duas frentes, ou seja, a nível local e a nível global. Tornando-se essencialmente dependentes um do outro nessa questão em particular. Tanto que, alguns autores falam em nível “glocal”, onde um não é possibilitado sem o outro e as transformações em qualquer deles, influencia direta e imediatamente no outro.
Sendo assim, faz-se necessário o desvelamento de vários aspectos até então não levados em consideração para formulação de uma reflexão mais aprofundada e precisa sobre os direitos humanos. Nesse sentido, conforme Kymlicka, Andrade, Falk, Carneiro da Cunha e outros, há a “necessidade de repensar as escalas em que se terá de travar a luta pela afirmação da dignidade humana e pelos direitos humanos, decorre também da emergência de novos sujeitos, como os refugiados de desastre econômicos e ambientais ou de