Ética
1. ÉTICA
INTRODUÇÃO:
A ética permeia todos os discursos. A propósito das condutas humanas ainda capazes de chocar uma sociedade já acostumada a todos os desatinos, levantam-se as vozes dos moralistas a invocar a necessidade de um repensar comportamental. Ética, infelizmente, é moeda em curso até para os que não costumam se portar eticamente. Não é raro que as proclamações morais de maior ênfase provenham de pessoas que nunca poderiam ser rotuladas éticas. Compreensível, por isso, que muitos já não acreditem na validade desse pr opósito.
Trivializou-se o apelo à Ética, para servir a objetivos os mais diversos, nem todos eles compatíveis com o núcleo conceitual que a palavra pretende transmitir. Além disso, a utilização excessiva de certas expressões compromete o seu sentido, como se o emprego frequente implicasse em debilidade semântica. Ética, no Brasil, sofre de anemia. Já se disse que ela é anoréxica! Fenômeno que parece ocorrer também com outros vocábulos, quais sejam: JUSTIÇA, LIBERDADE, IGUALDADE, SOLIDARIEDADE e DIREITOS HUMANOS...
O agravamento de todas as grandes questões mundiais anuncia uma tragédia a curto prazo. Agora já não é uma questão de sensatez, mas de sobrevivência. Tudo passa por uma conversão ética. Encarar com seriedade o desafio de salvar o Planeta e a espécie humana é a urgência moral posta às criaturas neste início turbulento de século XXI. O naufrágio dos valores se fez acompanhar de sequelas gravíssimas. Haverá condições de recomposição do referencial de valores básicos para reorientar o comportamento? S em isso, e devidamente acompanhado de efetiva alteração de conduta individual e social, não haverá futuro à vista.
A aceleração na derrocada dos valores parece apostar corrida com a distribuição da natureza. A catástrofe ambiental reflete a falência do c onvívio ético entre as pessoas. E pensar que os antigos alimentavam o