Ética
Por favor não estou sendo ético ao utilizar o papel A4 do órgão onde trabalho para imprimir as fotos da minha última festa de aniversário?
Por que fere a Ética dizer que é minha uma ideia nova que foi desenvolvida por outro servidor público que atua no meu setor?
E ainda: quando alguém liga e peço ao meu colega de trabalho para dizer que não estou: é uma atitude ética?
Como se pode perceber, as questões éticas estão até nas mais simples ações humanas e nas mais corriqueiras atividades profissionais.
Ética: nas duas últimas décadas, no Brasil, temos cada vez mais nos familiarizado com essa palavra, até então quase uma ilustre desconhecida, estudada só nas universidades, e em apenas alguns cursos. Era, com frequência, acompanhada de termos filosóficos, porque entendia-se que a Ética vinha da Filosofia, e nela, principalmente nela, deveria ser estudada.
Por isso, costumávamos ouvir, e ainda ouvimos, que a Ética surge com os gregos, notadamente com a trinca Sócrates, Platão e Aristóteles, a partir do Século IV a.C.
Mas terá sido assim mesmo?
Dizer que a Ética surgiu no período áureo da antiga filosofia grega é um pouco simplista.
Na verdade, desde que o ser humano se reconheceu como racional e viu no outro um semelhante seu, a questão ética surgiu. A preocupação com o pensar e agir de modo coerente e de forma a preservar a vida está na própria humanidade.
Evitando, porém, nos alongarmos nessa discussão, lembremos que, antes dos gregos, havia culturas milenares, do médio e extremo orientes, portadoras de grande sabedoria, que já consideravam as questões éticas em seu relacionamento social.
Exemplos podemos encontrar, entre outras, nas civilizações egípcia, hindu, chinesa e judaica.
No antigo Egito, civilização de mais de 6.000 anos, as atividades profissionais revestiam-se de caráter ético em todas as suas manifestações, mesmo porque eram intrinsecamente ligadas às crenças e ritos religiosos.
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