Ética e Liberdade
Há sempre duas alternativas, há sempre um momento na consciência moral em que o individuo pode optar, pode escolher se tal fator determinante o levará a agir ou não. Esse momento é a liberdade, é onde o individuo como SER pode levar em consideração as consequências finais, os benefícios ou males que determinada atitude acarretarão para o seu futuro. E então, sua atitude pode ser julgada como ética ou não, moral ou não. Tudo depende também, da necessidade causal do indivíduo. A necessidade o leva a cometer atos que nem sempre, fora da necessidade atual, os cometeria, dado como exemplo um pai que rouba comida para alimentar os filhos. Poderia esta atitude ser julgada como imoral, tendo em vista que o pai infringiu uma regra social e roubou? Ou deverá ser levado em consideração a necessidade que levou o pai a cometer tal roubo? Será que esse pai teria roubado se não estivesse desempregado e se não precisasse alimentar os filhos?
Tais perguntas são necessárias ao julgar um ato como imoral ou não. O julgamento deve ser realizado a partir da visão do indivíduo que o cometeu, da sua história, da coação interna, do desejo, da liberdade em que ele se encontrava naquele momento. Um ato é sempre resultado de uma causa determinante, independente se essa causa é imoral ou não. O que constitui a moral é a relação consciente do indivíduo com a causalidade, o poder de escolha que o mesmo possui, e isso pode ser determinado como liberdade. É a liberdade do indivíduo, dentro das condições causais que