A liberdade na ética
Quando falamos de ética lembramo-nos de normas e responsabilidade, mas para isso precisamos nos lembrar também de que o homem deve ser livre.
A norma nos diz como devemos agir, no entanto podemos não agir de tal modo. Isto é, podemos obedecer ou desobedecer à norma.
Todas as doutrinas éticas se articulam entre dois extremos que tornam a ética impossível: o determinismo, que pode ser total, onde não há espaço para a ética, porque não há espaço para a liberdade ou o fatalismo, acredita que as coisas acontecem porque tinha que acontecer, que já ‘’estava escrito”. Assim, se somos dominados pelas coisas do nosso exterior e se o destino rege todos os nossos passos, não temos liberdade.
Marx apesar de acreditar na liberdade humana, estava certo de que o capital dominaria totalmente o homem trabalhador, onde o homem realmente não teria mais liberdade, se tornaria escravo do dinheiro.
O extremo oposto ao do determinismo nega igualmente à ética. Esse extremo tem uma concepção de liberdade total e incondicionada. Os filósofos estoicos, gregos e romanos pensavam que o homem é livre sempre, independente de qualquer coisa, pois este pode pensar o que quiser. No entanto liberdade humana não se resume a isso, é preciso poder agir do modo que quiser. Esse pensamento estoico de que a liberdade é algo puramente interior se penetrou também no cristianismo.
Alguns pensadores do idealismo também acentuaram de tal maneira o poder da vontade acima de todos os condicionamentos naturais e materiais, sociais, e psicológicas.
Em meio a toda essa discussão diversa, idealistas da época criaram obras sobre o mesmo assunto, a “liberdade humana”. O filosofo Hegel trata o tema com muita profundidade, ele expõe a liberdade como sendo infinita e absoluta, nesse caso não corresponde a realidade humana, considerando-se que o homem é um espírito condicionado e finito. Porém, não podemos negar as contribuições de Hegel para o estudo da liberdade humana, já que ele explica, por