Ética, moral e liberdade
A ética e a moral podem ser correlacionadas através da questão comportamental imposta em uma sociedade. A ética é o conjunto de valores impostos - por culturas, tradições, educações – como, por exemplo, não mentir. A moral vai além disso, ela explora a conduta da regra, se a ética diz que é proibido mentir, ela analisa em que caso isso pode ocorrer, se seria errado ou não mentir para evitar alguém de sofrer. A moral é prática e a ética, teoria.
Para Marx, a liberdade se dá através da libertação do proletariado das mãos da sociedade consumista, em que os trabalhadores se subordinam a uma minúscula parte da população, os burgueses, que mantém o capital em suas mãos e os fazem trabalhar incessantemente. Não se tem liberdade se as pessoas são obrigadas a trabalhar em meios de produção de larga escala, mas sim se o próprio individuo produz o necessário para ele sobreviver.
Para Espinosa, a liberdade é uma ilusão, porque não há como fazer o que não está determinado pelas pessoas, característica da vida em sociedade. Ele afirma que a liberdade que o povo procura está no conhecimento e através dele se obtém uma vida prazerosa. É necessário reconhecer as necessidades próprias para descobrir o que dá alegria e ir à busca disso.
Como ser livre em uma sociedade em que regras e barreiras são colocadas? Como fazer o que você quiser sem ser influenciado pelo meio onde vive? Se a ética e a moral caminham lado a lado e elas nos questionam o tempo todo sobre o que devemos ou não fazer, como podem elas e liberdade existirem, ao mesmo tempo? É impossível nos dias de hoje – não que antes fosse possível – ter uma vida que não seja controlada pelo poder maior, que no caso, é o capitalismo.
Marx e Espinosa tinham pensamentos divergentes, entretanto saiam do mesmo foco, o “ser livre” que não é modificado por nada nem ninguém. Temos uma falsa ideia de que temos liberdade quando escolhemos entre duas opções, mas deve-se lembrar que a