Ética e Contabilidade

Com a evidência na imprensa de comportamentos antiéticos por parte de alguns contabilistas e pela importância da informação contábil para diversos usuários, atualmente há uma enorme preocupação e exigência no que tange à transparência e à confiabilidade das informações por eles prestadas. Dessa forma, torna-se importante analisar a disposição de agir antieticamente desses profissionais e futuros profissionais perante diferentes dilemas éticos.
A profissão de Contador representa para os contadores uma profissão abrangente em que eles se veem como um amigo responsável que atua numa área em constante evolução. Essa concepção é formada não só pela vivência em grupo e alimentadas pelas comunicações entre os seres humanos, mas carregam, em si, implicações afetivas, interiorização de experiências, práticas e modelos de condutas que acabam moldando comportamentos e ações.
De acordo com as pesquisas nos artigos, observou-se que: (a) que os homens tendem a agir de forma mais antiética do que as mulheres; (b) os mais velhos tendem a possuir um posicionamento mais ético do que os mais novos; e (c) os respondentes com mais tempo de trabalho tendem a discordar de atos antiéticos mais do que aqueles que possuem menos tempo. Ou seja, pode-se afirmar que o gênero, idade e tempo de trabalho influenciam o posicionamento ético dos profissionais da contabilidade. A controladoria surgiu dentro das empresas como forma de coibir atos antiéticos, com a criação de controles, padronização de informações, e trazer maior competitividade no mercado. A profissão do contador exige um conjunto de conhecimentos científicos necessários para seu exercício, cultura própria e específica, além de um conjunto de preceitos éticos a serem observados. Por isso, é necessária a tutela de um órgão de classe responsável pelo ingresso, registro e fiscalização da conduta desses novos profissionais que anualmente adentram no mercado de trabalho, o que reforça a idéia da existência de um código de conduta ética