Ética e Advocacia - Prinícipios

1828 palavras 8 páginas
ÉTICA E ADVOCACIA - PRINCÍPIOS

Introdução
Vivemos hoje grave crise mundial de valores. É difícil para a grande maioria das pessoas saber o que é correto e o que não é. Vivemos o momento do utilitarismo ético, o vantajoso, o que tem rendimento e eficácia na ordem prática das coisas, não importando por que meios. Trata-se da lei maquiavélica onde os fins justificam os meios, de modo que, para alcançar um fim legítimo, todos os meios disponíveis são válidos. Isto não é verdade, porque os fins éticos exigem meios éticos. Esse obscurecimento do horizonte ético redunda numa insegurança muito grande na vida e numa tensão nas relações sociais, que tendem a se organizar ao redor de interesses particulares do que ao redor do direito e da justiça.
O exercício da Advocacia não está imune a esta crise de valores. Quando se fala sobre código de ética e disciplina da advocacia pode-se imaginar, a priori, a existência de um regulamento austero e coercitivo ao qual se submetem todos os advogados no exercício de suas funções, mas não é bem assim. Isso não é automático. A ética está diretamente relacionada ao estudo e determinação das condutas humanas no que diz respeito a certo e errado no contexto de uma determinada sociedade. Partindo-se desse conceito, podemos concluir que a ética profissional tem como precedente a ética social, ou seja, antes de se determinar as condutas moralmente aceitas ou esperadas de uma determinada atividade, existem padrões de comportamento estabelecidos por esta sociedade, à qual o exercício profissional está inserido e deve, sem sombra de dúvidas, se pautar.
Trocando em miúdos, não há como esperar que um profissional se submeta a determinados preceitos se em sua formação social tais normas de comportamento não foram aplicadas ou não fazem parte de sua convicção a respeito de si próprio como parte integrante de uma coletividade.
Nesse sentido, é cada vez maior da importância de se atuar no exercício da advocacia com extrema

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