Ética a nicomaco
Gilson Soares dos Santos
Neste resumo interpretativo abordaremos a ética e a felicidade sob ponto de vista do filósofo Aristóteles, pois para ele a ética tem como objetivo a busca do bem supremo, sendo determinada pelos nossos hábitos e também sendo vista como uma atividade da alma.
Sobre a ética aristotélica, podemos discorrer que está atrelada ao desejo do bem que o homem busca através de suas ações; ações que quando executadas com constância tornam-se hábitos; e qualquer atividade exercida por este homem, deve ter por meta este bem, o sumo bem, este bem é supremo e consiste na felicidade.
Aristóteles recomenda este assunto, especialmente para os homens de vivência, de prática, de experiência sábia, pois estes homens possuem um amadurecimento que os capacitam a refletir acerca das próprias atitudes, em contrapartida, os jovens já não são tão bem sucedidos neste assunto, exatamente por possuírem pouca experiência e por praticarem frequentemente ações que lhes são próprias da juventude e naturalmente carregadas de paixões. Toda ação, toda escolha, toda arte e toda investigação, visam a um bem qualquer; por isso foi dito que o bem é aquilo a que as coisas tendem, o bem deve partir do desejo do homem, sendo objeto principalmente da Ciência Política e tendo como finalidade o bem do ser humano, tomando por inútil o homem que não pensa e não acolhe a sabedoria alheia. O bem em questão é objeto para a Ciência Política tendo por meta o bem da humanidade, isto se partirmos do pressuposto grego de que a cidade deve ser governada pelos mais sábios e dotados de razão.
Cada homem deve ser bom juiz e julgar bem as coisas que conhece sendo para isso, instruído a respeito do assunto em questão por isso a Ciência Política é assunto para os mais velhos e sábios porque os mais jovens se entregam as paixões e desejos, enquanto os sábios agem de acordo com a sabedoria e a razão. A dificuldade não é a questão da idade,