Ética Sexual em Karol Wojtyla
Daniely Chiquetti Soares Gonçalves1
RESUMO
A discussão científica apresentada neste artigo refere-se à ética sexual pautada na filosofia personalista de Karol Wojtyla, conhecido também como Papa João Paulo II.
Sem desconsiderar a formação teológica do mesmo, procurou-se aqui focar no aporte teórico filosófico, procurando esquadrinhar como ele compreendia a pessoa humana, para então, entender o conceito de ética sexual pautada no amor-doação, sendo este o conceito defendido por Wojtyla como o único capaz de tornar o relacionamento dignamente humano e ausente da sujeição de pessoas tornarem-se objeto ou meio de prazer para outras. Sendo assim, o método utilizado para chegar a esse fim foi a pesquisa bibliográfica.
Palavras-chave: Ética; sexualidade; personalismo; amor.
1. INTRODUÇÃO
As palavras sexo, prazer, sexualidade, tesão, satisfação sexual e pessoal nunca estiveram tão usadas no vocabulário dos programas de televisão, nas campanhas publicitárias, nas músicas de consumo midiático, bem como em todos os meios de comunicação em
massa
que
tornam
o
trânsito
dos
valores
globalizadamente incontroláveis. Diante disso, a essência do ser humano se perde em meio a uma síndrome do descartável, sendo o próprio homem objeto de descarte quando não tem mais uma utilidade no mercado.
1
Pedagoga, especialista em Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso, coordenadora da Biblioteca do Sesc Campo
Mourão e formadora no Movimento da Renovação Carismática Católica (RCC). E-mail: danielychiquetti@gmail.com 2
A busca descontrolada pelo prazer, motivada pelos ideais mercadológicos do corpo, faz desprezar o outro pela aparente não conformidade com o que é apresentado pela mídia como belo e bom. O culto ao estereotipado corpo atraente, coisifica a pessoa humana e a reduz a um simples objeto de satisfação pessoal, intensificando a prostituição e a exploração sexual. É perceptível um