ética para um jovem
Savater diz-nos que o prazer nos distrai, por vezes, mais que o devido, ou seja, passando do uso ao abuso e isso poderá vir a ser-nos fatal, razão pela qual este se encontra rodeado de tabus e limitações. No entanto o autor faz-nos apelo á exploração dos prazeres contudo uma exploração controlada.
Quando usamos um prazer estamos a enriquecê-lo e a melhorar a nossa vida, se esta talvez sofrer um empobrecimento estamos a abusar do prazer e só este se enriquece tornando-se prejudicial para nós.
Savater aconselha-nos a aproveitar os prazeres que temos ao nosso dispor em determinado momento e saber retirá-los e aproveitá-los ao máximo em vez de estarmos numa procura constante de algo que nem vem a propósito. Savater faz referência àqueles por ele denominados de “caluniadores profissionais do prazer” ou seja, os puritanos, aqueles que se satisfazem não deixando os outros satisfazer-se.
9º Capítulo
No 9º capítulo Savater fala sobre a relação entre a ética e a política referindo algumas diferenças como: o carácter individual para a ética e o colectivo para a política, a liberdade e a importância da intencionalidade das acções para a ética enquanto para a política a importância destina-se somente ao resultado das acções.
A organização política do ponto de vista ético preferível deve assentar nas exigências que a democracia moderna tem tentado, primeira teórica depois praticamente, implementar: o cumprimento dos Direitos Humanos que segundo ele é ainda hoje apenas um catálogo de bons princípios. Para a existência de uma vida boa de cada indivíduo a comunidade política teria que assentar em três princípios básicos: a liberdade, justiça e assistência.
Nesta organização política, existiria um grande respeito pela liberdade, o nosso maior bem, e assim ao dar-lhe importância surgiria a responsabilidade social em que cada indivíduo porém teria a liberdade segundo as suas acções. A justiça assentaria na igualdade de direitos sem distinções por raça, cor de