ÉTICA MÉDICA
Alfredo Dias, de 43 anos, casado com Paula Dias e pai de dois filhos, decidiu fazer uma doação de sangue, após ser influenciado pela esposa. Como procedimento padrão, teve que responder a um questionário, no qual havia perguntas relacionadas a possíveis doenças sexualmente transmissíveis (DST) que o doador poderia ter. Segundo suas respostas, Alfredo deixa claro que não havia a mínima chance de ele ser portador de qualquer tipo de DST. Como parte do processo, a doação da amostra e da bolsa de Alfredo foram levadas a analise, que o Doutor Rafael Soares do Hospital Machado de Assis, detectou a presença do vírus HIV na amostra.
Por medidas médicas, Alfredo foi chamado para uma consulta individual com o doutor Rafael. Ao receber a noticia de que ele possuía AIDS, Alfredo se desespera e comenta que sua mulher não poderia saber, já que a possível causa seja proveniente de relações sexuais extraconjugais. Mesmo assim, o médico orienta-o a contar a verdade, já que envolve a saúde de sua mulher e de seus filhos. Alfredo continua resistente e decidi não contar para sua família.
Diante da recusa de Alfredo o doutor Rafael convida Paula para uma conversa. Nela o médico revela para a esposa que Alfredo é portador do vírus de HIV. Paula fica assustada com a noticia, por saber que, quando se casaram, Alfredo não possuía essa doença e que ela só tivera relações sexuais com ele. O doutor Rafael recomenda, então, que ela faça o exame para ver se ela foi contaminada ou não.
Em uma segunda consulta, os resultados do exame confirmaram que ela também era soropositiva. Com isso, Paula questiona o médico, perguntando como o marido adquiriu a doença. O doutor, por descuido, revela que Alfredo mantinha relações sexuais fora do casamento, ou seja, que ele a traía. Com isso, Paula decidiu fazer exames nos dois filhos, que comprovaram que eles também eram soropositivos.
Comparação com as doutrinas (parte 2):
Segundo a teoria ético-normativa da