Ética de todos e para todos
Resenha do Filme: Crash – no limite, setembro de 2004.
O Filme produzido por estadunidenses e alemães, conta as histórias de alguns personagens que têm preconceito, seja ele racial, social ou étnico. O filme aborda o tema de uma maneira exagerada, mas comum. Ele mostra de diversas formas o que acontece quando deixamos que o preconceito tome conta da situação.
No filme a moral de cada um é colocada à prova, no início os personagens agem da maneira que lhe convêm sem ter nenhum tipo de empatia com o próximo e ao longo da trama eles vão descobrindo que existem conexões entre eles e que a realidade do outro nem sempre é muito distante.
A ética imposta pela sociedade é totalmente deixada de lado e esquecida, até que eles tenham que passar por uma situação que dependa da moral de cada um dos envolvidos. A atriz Sandra Bullock faz o papel de uma mulher rica e arrogante com sua empregada, para que ela compreenda que a mulher não é o monte de insultos pelo qual ela lhe chamava, teve que precisar da ajuda da empregada para compreender que o dinheiro não a deixa maior ou menor que alguém em um ponto de vista humanístico.
A realidade de hoje não é muito diferente da realidade mostrada no filme, algumas pessoas ainda acham que a cor da pele, a origem ou até mesmo a classe social de uma pessoa defina o seu caráter, e isso não é verdade, as aparências costumam enganar.
Claro que nem sempre o que parece mal vai ser bom e vice-versa, mas temos que entender que não vivemos em uma sociedade com pessoas que têm a mesma vida que temos. Raça, etnia, classe social ou qualquer outro estereótipo imposto pela sociedade acaba se juntando e criando uma ética universal, que é nada mais nada menos que o conjunto da moral de cada um dos indivíduos.