ÉTICA, ATUALIDADE, MEMÓRIA
Parece que estamos a viver um momento histórico, tanto em nosso país quanto neste mundo que nos rodeia. Os movimentos de repulsa que tanto olhávamos pela televisão em países distantes, já podem ser vistos de nossas janelas e em ruas de nossas cidades.
Este movimento de nossa população, me parece vindo em boa hora. Tenho participado de vários deles como expectador e tentado entender seus vários aspectos, tenho visto vários grupos: sem terra, índios, sem teto, alguns movimentos políticos que parecem ter sido rechaçados e tentam pegar carona e, por fim, os anarquistas.
Para mim o maior problema é o de entender o que está no fundo destas ideologias, pois muitas ideologias antigas e, por muitas vezes perigosas, podem retornar como ideias salvadoras.
Tenho visto e falado com muitos jovens que participam de alguns destes movimentos e para ser sincero, muitas vezes me assustam, pois parecem ter sempre uma ideia fixa de derrubar o governo. No entanto não sabem explicar direito o que vão colocar no lugar e quando o sabem parece uma maquilagem de formas antigas que não deram certo e que todos nós já conhecemos.
Um problema que vejo muito por aqui é que falta de uma noção de história de como chegamos até aqui, para mim um erro comum que vejo é a comparação que fazem do Brasil com países desenvolvidos.
Uma grande maioria não sabe que nosso país quando colônia ficou isolado do mundo por mais de trezentos anos e que só tinha contato com o império português, que neste mesmo tempo na América Latina já tínhamos outros países que eram impérios. Ou que foi um dos últimos a abolir a escravidão e arrancou de seus lares mais de quatro milhões e meio de negros e neste tempo contava com pouco mais de seiscentos mil brancos, que trouxeram de seu país as sementes da burocracia e da corrupção.
Que fomos explorados por todos os lados e agora estamos na mão das grandes corporações, que estão