Émile durkheim
Émile Durkheim
INTRODUÇÃO: As referências necessárias para situar seu pensamento, são por um lado, as Revoluções Francesa e a Industrial.
Entre os pressupostos constitutivos da atmosfera intelectual da qual se impregnaria a teoria durkheiniana, cabe salientar a crença de que a humanidade avança no sentido de seu gradual aperfeiçoamento, governada por uma força inexorável: a lei do progresso.
I - A ESPECIFICIDADE DO OBJETO SOCIOLÓGICO
A Sociologia pode ser definida por Durkheim, como a ciência “das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento”, ou seja, de “toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade” (DURKHEIM apud QUINTANEIRO, 2002, p. 68).
Na fase positivista, que marca o início de sua produção, considera que, para tornar-se uma ciência autônoma, essa esfera do conhecimento precisava delimitar seu objeto próprio: os FATOS SOCIAIS.
Tais fenômenos compreendem “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o individuo uma coerção exterior, ou então, ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter” (DURKHEIM apud QUINTANEIRO, 2002, p. 68).
Assim, o FATO SOCIAL é algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre seus corações e mentes uma autoridade que os leva a agir, a pensar e a sentir determinadas maneiras.
Para o autor, a sociedade não é o resultado de um somatório dos indivíduos vivos que a compõem. Ações e sentimentos particulares, ao serem associados, combinados e fundidos, fazem nascer algo novo e exterior àquelas consciências e às suas manifestações. Para o autor a vida está no todo e não nas partes.
As almas individuais agregadas geram um fenômeno, uma vida psíquica de um novo gênero. Os