Émile durkheim (1858-1917)
Durkheim entende que não se pode receitar os mesmos “remédios” que serviu a uma sociedade para resolver os “males” sociais de outras sociedades.
Dentro da tradição positivista de delimitar claramente os objetos das ciências para melhor situá-las no campo do conhecimento, Durkheim aponta um reino social, com individualidade distinta dos reinos animal e mineral. Trata-se de um campo com caracteres próprios e que deve por isso ser explorado através de métodos apropriados. Mas esse reino não. se situa à parte dos demais, possuindo um caráter abrangente.
Para Durkheim, a Sociologia deve estudar os fatos sociais, os quais possuem três características:
1) coerção social;
2) exterioridade;
3) poder de generalização.
Os fatos sociais apresentam vida própria, sendo exteriores aos indivíduos e introjetados neles a ponto de virarem hábitos.
Pela sua perspectiva, o cientista social deve estudar a sociedade a partir de um afastamento dela, sendo imparcial, não se deixando influenciar por seus próprios preconceitos, valores, sentimentos etc.
A diferença básica entre Marx e Durkheim consiste basicamente em que Durkheim enxerga a sociedade como um organismo funcionando, suas partes se completando. Por outro lado, Marx afirma que a ordem constituída só é possível porque a classe dos trabalhadores é dominada pela classe dos capitalistas e propõe que a classe proletária (trabalhadores) deve se organizar, unir-se e inverter