Álcool e outras Drogas
Emergente e, antes localizado, crack. A constante aparição deste debate
Acontece na mídia, que tem alardeado a situação de forma distorcida, e
Também nas campanhas eleitorais, nos discursos de políticos e na defini-.
Cão de estratégias de ação e de políticas públicas. Ao mesmo tempo em que se reacende a discussão sobre o assunto, é surpreendente o quão superficial e cheia de preconceitos ela está acontecendo, como se não tivéssemos nunca lidado com o uso de drogas na história da humanidade. O debate acerca do uso ou abuso de álcool e drogas ganhou força no ano de 2011, tendo sido noticiado pelos grandes meios de comunicação de forma estritamente parcial. Nesse mesmo ano houve o lançamento oficial da política nacional de atenção aos usuários de álcool, crack e outras drogas, o chamado Plano de Enfrentamento ao Crack, que tem gerado inúmeras preocupações em movimentos e entidades que trabalham e militam nos campos da redução de danos, luta antimanicomial, direitos humanos e direitos de crianças e adolescentes. O Plano Crack, como ficou conhecido, contém elementos que desrespeitam avanços já consolidados nas políticas públicas do país e traz ameaças aos direitos humanos e sociais dos usuários quando propõe a inclusão das comunidades terapêuticas – instituições religiosas que trabalham na lógica da moralidade e da segregação – e a possibilidade do uso de internações involuntárias e compulsórias como centralidade de tratamento.
Um olhar mais atento percebe o quanto a questão está conectada com muitos outros interesses dos que formulam as políticas públicas.
Na cidade de São Paulo, uma das sedes da próxima Copa do Mundo de
2014, as respostas-soluções com relação ao uso e abuso de drogas têm servido a interesses privados, como a especulação imobiliária e a privatização das políticas públicas.
Já no começo de 2012, as cenas