água
FERREIRA, Thelma R.A.S. (O) thelmasales@uol.com.br
Centro Universitário de Caratinga
Para garantir o padrão de potabilidade a água não deve conter microorganismos patogênicos, devendo por isso, estar livre de bactérias indicadoras de contaminação fecal. Assim, para aferição da potabilidade da água, a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde estabelece que seja determinada a contagem de coliformes totais, termotolerantes (preferencialmente Escherichia coli) e de bactérias heterotróficas, havendo limites para os resultados, às custas de causarem perigosos danos à saúde humana. O presente trabalho objetivou avaliar a potabilidade da água utilizada para consumo humano na Bacia do Córrego do Bertoudo, Caratinga-MG, Brasil, bem como os riscos que as soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde humana do lugar. Foram coletadas 17 amostras aleatórias das águas do rio, minas, cisternas, caixas-dágua, torneiras e filtros domiciliares nas três áreas que compõem a região (Bertoudo Baixo, Dom Modesto e Bertoudo Alto), utilizando-se as técnicas preconizadas pelo Standart Methods for the Examination of Water and Wastewater da American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) e Water Environment Federation e adotadas pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Todas as amostras apresentaram coliformes totais. Por possuírem coliformes fecais, as águas de mina, das caixas d’água e do córrego afluente do rio Caratinga, colhidas na região do Bertoudo Baixo foram consideradas impróprias para o consumo humano, enquanto que em Dom Modesto e Bertoudo Alto, as águas do córrego e cisternas foram as que obtiveram maiores índices de contaminação bacteriana. Apesar da Portaria 518/2004 prever a tolerância de coliformes totais em águas de poços, fontes, nascentes e demais formas de abastecimento sem distribuição canalizada, na situação exposta