ÁGUA DOCE E LIMPA PARA TODOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DO SUL - IPA
Caroline Garcia Cruz, turma JON531
Professora Lisete Ghiggi, Jornalismo Ambiental
ÁGUA DOCE E LIMPA PARA TODOS
(Resumo do capítulo do livro “Mundo Sustentável”, de André Trigueiro1)
Água: o desafio do século 21 (parte 1)
O Brasil produz 115 milhões de toneladas em grãos, tem mais cabeças de gado do que brasileiros (180 milhões de bois), é o maior produtor de aço da América Latina e ao mesmo tempo um dos cinco maiores importadores do mundo. Mesmo impressionando o mercado estrangeiro com a qualidade dos seus produtos, na lista de suas exportações não está incluída a água. Somos um dos maiores exportadores de “água virtual”: a água gasta para produzir o que exportamos, e os especialistas chamam assim por não aparecer em sua forma in natura. Para se ter ideia, para cada tonelada de aço produzido são necessários 15 mil litros de água, e para cada quilo de carne de frango, 2 mil litros.
O fato de termos “muita água” no país; anima quem investe na exportação. Quando os outros países tiverem que parar de produzir certas coisas, por falta do líquido, o Brasil poderá continuar seu trabalho normalmente. Possuímos uma área de doce disponível onde caberiam dez vezes a área de Portugal. Porém, se não mudarmos nosso sistema de irrigação, acabaremos como a
União Soviética, que possuía o maior lago do mundo (tão grande que era chamado de mar: o Mar
Aral). Por cinco décadas do século passado, canais com até 800 quilômetros de distancia retiravam um imenso volume de água do lago para irrigar lavouras. Sem o planejamento para repor, 75% desta água desapareceu para sempre, e a previsão é de que até 2015 o “mar” Aral suma por inteiro.
Atualmente, na maior parte das lavouras irrigadas (3 milhões de hectares) utilizamos o método da inundação, que chega a desperdiçar 70% da água utilizada, principalmente em regiões em que a evaporação é maior; ou então irrigadas com aspersores, que espalham