Ácinos hepáticos
Ácino, conceito funcionalmente mais correto, embora seja mais difícil defini-lo histologicamente. A base do ácino é formada pelos ramos terminais da veia porta e da artéria hepática que se estendem a partir dos tratos portais. O ácino tem três zonas: a zona 1, a mais próxima da entrada do sangue, a zona 3 fica adjacente à veia hepática terminal e a zona 2 é intermédia.
Apesar da utilidade do conceito acilar, a terminologia lobular é ainda usada para descrever as lesões patológicas do parênquima hepático. Felizmente, as três zonas do ácino coincidem sensivelmente com as três regiões lóbulo. Durante o percurso para a veia central, o oxigénio deixa rapidamente o sangue para responder às elevadas necessidades metabólicas dos hepatócitos. Assim, os hepatócitos da zona 3 estão expostos a tensões de oxigénio substancialmente inferiores às dos hepatócitos da zona 1.
O sangue que entra no ácino é constituído por sangue pobre em oxigênio da veia porta (60-70% do débito sanguíneo hepático) e sangue oxigenado da artéria hepática (30-40%). Em caminho para a vênula hepática terminal, o oxigênio deixa rapidamente o sangue para responder ao elevado nível metabólico das células parenquimatosas. A concentração aproximada de oxigênio na zona 1 é de 9-13% de O2, comparada com apenas 4-5% de O2 na zona 3. Em comparação com outros tecidos, a zona 3 é hipóxica. Outro gradiente acinar bem documentado é o dos sais biliares. As concentrações fisiológicas de ácidos biliares são extraídas eficientemente pelos hepatócitos da zona 1, com poucos ácidos biliares deixados no sangue que flui pelos hepatócitos da zona 3.
A heterogeneidade na concentração de proteínas nos hepatócitos ao longo do ácino gera gradientes nas funções metabólicas. Os hepatócitos na zona 1, rica em mitocôndrias, são predominantes na oxidação dos ácidos gordos, na gluconeogénese e na destoxificação da amônia em uréia. Os gradientes das enzimas ativas na bioativação e na destoxificação de xenobióticos são