Basicamente, os afrocentristas discordam das teorias que relegam os africanos para a margem do pensamento e do conhecimento da Humanidade. Neste sentido, o afrocentrismo defende que se deve interpretar e estudar as culturas não européias, nomeadamente a africana, e os seus povos do ponto de vista de sujeitos ou agentes e não como objetos ou destinatários. Os afrocentristas defendem que não deve haver uma única perspectiva ou uma visão que se sobreponha às outras, mas que devem coexistir diferentes visões filosóficas e de conhecimento sem que qualquer uma delas se sobreponha às restantes. Durante cerca de cinco séculos, os africanos estiveram afastados, enquanto protagonistas, da vida social, política, artística, intelectual e econômica tanto nas sociedades de pensamento ocidental, para onde foram deslocados, como nas suas nações africanas de origem pelo colonialismo europeu. Nesse sentido, a corrente afrocêntrica defende que o conhecimento e a experiência devem ser reavaliados do ponto de vista dos africanos, enquanto seres humanos ativos capazes de conceber molduras próprias de pensamento e de experiência. Os afrocentristas defendem que os seres humanos não podem nem devem abdicar da sua cultura, seja relativamente às suas próprias referências históricas seja às do grupo onde estão inseridos. O Egito fica na África, e isso contribuiu para membros da comunidade negra dos EUA afirmarem que os egípcios eram negros. A idéia até foi difundida num clipe de Michael Jackson, para a música "Remember the Time". Mas é tudo confusão com os núbios. A Núbia se localizava em parte do território dos atuais Egito e Sudão. Os núbios construíram um império, que incluía o famoso Reino de Kush, e tiveram intenso intercâmbio cultural com os egípcios. Também construíram pirâmides, embora não tão grandes quanto as egípcias. No século 8º a.C., eles invadiram e conquistaram o Egito, iniciando quase um século de domínio. Os reis núbios que então governaram o país são conhecidos como "faraós