X-men - o que existe além do gene “x”?

O grupo de heróis de HQ’s, X-men da Marvel, foi criado em 1963 por Stan Lee. Com uma história envolvente, os quadrinhos dos X-men se desenrolam na vida de seres humanos dotados de características especiais e apontam uma constante luta entre estes e os humanos que não aceitam suas diferenças. Esses “mutantes” são dirigidos por um professor e cientista chamado Charles Xavier (o professor X). Além de lutarem contra o posicionamento dos outros humanos, ainda enfrentam uma outra organização de mutantes chamados de Irmandade, que são liderados por Erik Lensherr (o Magneto) que tem uma cosmovisão diferente a respeito de como resolver as diferenças entre mutantes e humanos.
As características especiais dos mutantes vão além da capacidade física e mental do ser humano. Podem aflorar durante a puberdade, em momentos de stress, entre outros momentos, porém, todas essas características, ou dons como são denominadas pelo professor Xavier, advém de uma mutação presente em um gene denominado “x”. Essa mutação sugere, segundo a teoria da evolução, que há uma superioridade de mutantes em relação aos seres humanos, é como se houvesse um grande salto do status quo biológico do ser humano (homo sapiens sapiens) para homo superior sem os vários anos de evolução gradual.
Os quadrinhos e todos os seus derivados (filmes, jogos, séries, desenhos animados, etc.), tem uma simples ideia: são grandes heróis que já nascem dotados de superpoderes. Eles foram inspirados principalmente pelo contexto de desenvolvimento da energia atômica, onde o mundo se perguntava quais seriam as consequências desse tipo de tecnologia. Havia uma mistura de pensamentos pós guerra, onde as pessoas se perguntavam que tipo de transformações ocorreriam na sociedade e nas pessoas, além do confronto frequente entre diversas nações e dentro delas entre as etnias diversas.
A questão da tolerância vem de encontro ao contexto da saga X-men e também com o sentimento da sociedade em relação ao outro e suas diferenças.