V Conferencia de Aparecida
Andrélison Antonio Neckel – 3º. Ano Teologia
Começamos nesta edição, uma série de artigos em torno do tema: “V Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe”, com o desejo de clarear este assunto tão pertinente nos dias atuais. Analiso a V Conferência com muita esperança para os nossos povos. Nela está depositado o sonho de muitos Latino-Americanos como também Caribenhos. Sonho de uma evangelização que abrace a causa profética do bem comum.
A igreja católica é numericamente a maior religião universal. A história do ocidente nos dois milênios da era cristã não se entende sem sua presença. A sua trajetória histórica, sob o simples olhar do historiador, revela-se epopéia fantástica.1 Desde a pregação de Jesus, aquele “judeu marginal”, à beira do lago de Genesaré a simples pescadores e a um povo humilde e pobre, até as viagens de João Paulo II, seu vigário na terra, por todo o mundo, a igreja vem trilhando um caminho de cruzes e glórias, de derrotas e vitórias, de fluxos e refluxos.
O surgir da modernidade, que arranca, do próprio seio da igreja, muito da seiva que a alimenta, apareceu-lhe como a maior ameaça a sua integridade, a sua existência. Se no seu nascer as perseguições do Império Romano e dos judeus serviram para fortificar-lhe a fé, para temperar-lhe o espírito para sua tarefa missionária, os embates com a modernidade foram de outra natureza.
O maior inimigo não estava nas armas da força, que ainda a golpeavam. Desse tipo de adversário a igreja tinha longa experiência e soubera sempre sair bem, ainda mais nova. Mas agora surgia um inimigo maior. Vestira-se de princípios, de valores, de cosmovisões que lhe questionavam em profundidade seu modo de crer, pensar, agir, organizar-se. E essa novidade exercia força de atração e sedução nos seus próprios filhos.
Ela mesma rompeu-se por dentro na Reforma. Os princípios da modernidade avançavam através das gigantescas revoluções Francesa e