T cnicas de necropsia e coleta de materiais em su nos
Prof. Dr. Eduardo Garrido
Prof. Dr. Antonio Caros Alessi
A necropsia é um método diagnóstico de extrema acurácia que possibilita a identificação da causa mortis, de enfermidades responsáveis ou não pelo óbito e, com o auxílio de outros exames laboratoriais, determinar a presença de um agente etiológico. É eficiente, sobretudo, para a identificação de doenças infecciosas e tóxicas que afetam animais em rebanhos ou pocilgas.
Não há uma técnica única, específica de necropsia, porém a técnica utilizada deve ser empregada de forma metódica, visando à diminuição de falhas no procedimento e a na inspeção de algum órgão ou tecido.
Durante a necropsia todos os órgãos devem ser analisados, dando-se maior ou menor atenção a cada um a partir dos dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos disponíveis. Porém, esses dados devem ser apenas indicativos e não determinantes para o andamento e o resultado da necropsia.
É necessário que as lesões sejam devidamente descritas, em impressos próprios e adequados, considerando-se a coloração, consistência, aspecto, a presença e o tipo de exsudato. As lesões devem ser diferenciadas de alterações post-mortem, como embebições, hipóstases, enfisemas de putrefação e manchas cadavéricas.
Uma técnica básica consiste em, primeiramente, realizar um exame externo analisando a carcaça quanto ao escore corporal, o que possibilita identificar causas agudas ou crônicas de óbito, onde o animal apresenta-se, normalmente, bem nutrido ou em estado de caquexia, respectivamente. Analisar a qualidade do pelame, procurar lesões dermatológicas, lesões de continuidade, fraturas, hematomas, abscessos e presença de ectoparasitas. Analisar os orifícios naturais em busca de hemorragias ou outras secreções, estomatites, prolapsos, sinais de anóxia, congestão ou anemia.
O exame interno se inicia, com o suíno em decúbito dorsal, com uma incisão da pele do processo mental ao púbis, seguindo a linha branca do