São Paulo: cidade da intolerância ou urbanismo à brasileira João Sette Whitaker Ferreira
João Sette Whitaker Ferreira
O Brasil não é um país com bons representantes, deixa muito a desejar em todos os aspectos, como no transporte publico, nas moradias e no tratamento das pessoas, principalmente os menos providos de dinheiro. Há muito a ser repensado.
A cidade, mesmo sendo um vasto espaço onde todos poderiam viver de forma igual e justa, acaba se tornando totalmente o oposto. A civilização humana torna essa possível idéia cada dia menos propicia a acontecer. Quem tem mais dinheiro sempre será o que mais terá poder, e muitas vezes o que menos vai se importar com os outros, fazendo assim uma cidade cada vez mais capitalista.
O governo por si só não ajuda em relação à desigualdade, tem certas áreas que podem ser acessadas por uma parte dos cidadãos que possam “pagar pela localização”, o resto que está em áreas mais afastadas normalmente ou tem um transporte escasso e de péssima qualidade, ou não tem transporte nenhum, vivendo em “um mundo isolado”. O governo muitas vezes não se importa nem com o transporte de algumas regiões mais afastadas da cidade, e muitas vezes o que tem está em péssimas condições. Na cidade o próprio governo ajuda a desvalorizar certas áreas, pois se preocupa mais no conforto dos endinheirados do que com o saneamento básico dos mais pobres.
“...o papel do Estado supostamente deveria ser o de regular e mediar esse antagonismo entre mercado e sociedade: garantindo uma produção homogênea de infraestrutura, evitando a exclusão das parcelas populacionais de menor renda, construindo equipamentos acessíveis por todos,...”
Ou seja, o governo não exerce o papel que deveria perante a sociedade, tornando cada vez mais difícil a igualdade social.
Nos países centrais do capitalismo, há uma desigualdade social, mas muitas vezes não é gritante como em nosso país, onde o pobre muitas vezes não tem pelo menos a qualidade básica de vida, como uma moradia adequada com saneamento