RESENHA DO CAPÍTULO “O DECLÍNIO DO ESTADO NAÇÃO E O FIM DOS DIREITOS DO HOMEM” DO LIVRO: ORIGENS DO TOTALITARISMO DE HANNAH ARENDT
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RESENHA DO CAPÍTULO “O DECLÍNIO DO ESTADO NAÇÃO E O FIM DOS DIREITOS DO HOMEM” DO LIVRO: ORIGENS DO TOTALITARISMO DE HANNAH ARENDT.Hannah Arendt, em sua obra Origens do Totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo e totalitarismo, escrito na década de 40 e publicado em 1951, ressalta o totalitarismo, como uma nova forma de governo baseada na organização burocrática das massas e apoiada no emprego do terror e da ideologia.
Ela consegue, com sucesso, frisar como a emergência do medo e a fraqueza generalizada das pessoas, que permitiu, com o nazismo na Alemanha e o stalinismo na URSS, a dominação total, inesperada e terrível dessa outra face da modernidade ocidental, que também promoveu a democracia, a prosperidade econômica e os direitos humanos. A originalidade do pensamento de Hannah Arendt torna este livro um marco da sua obra, já que a autora, de origem judaica, o lança ainda na ocorrência da Segunda Grande Guerra Mundial, em que os regimes de configuração totalitária apareceram no período entre a guerra e conseqüentemente surgiram com a própria Segunda Guerra.
A linguagem utilizada pela autora não é de fácil compreensão, pois ela é uma filósofa, por tanto não tem a pretensão de escrever de forma simples, até mesmo pelo seu grau intelectual. No entanto, aborda muito bem a forma como os Estados totalitários, apesar do seu caráter evidentemente criminoso, contavam com o apoio das massas, do monopólio dos meios de comunicação e do controle policial sobre a sociedade.
Hannah Arendt apresenta um quadro completo da organização totalitária, fazendo uma crítica da razão governamental totalitária que é usada ainda hoje, numa época onde vigoraram regimes com estas características e, mais do que isso, num terreno onde a democracia liberal não afastou por completo os vestígios de uma ideologia de terror que torna o homem dispensável e uma presa fácil para essas ideologias.
No capitulo analisado, “O declínio do Estado-nação e o fim dos Direitos do Homem”, a autora