OS ROSADO: PRINCÍPIO E CONSOLIDAÇÃO DE UM PODER POLÍTICO DOMINANTE EM MOSSORÓ-RN
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OS ROSADO: PRINCÍPIO E CONSOLIDAÇÃO DE UM PODER POLÍTICO DOMINANTE EM MOSSORÓ-RNAo longo da história do nosso país, verifica-se claramente a existência, consolidação e perpetuação de relações de poder que se é instaurada por grupos com o intuito de manter esse poderio, esse controle de uma minoria sobre uma maioria.
Quando se fala nessas relações, nosso universo memorial nos remonta a alguns conceitos que materializaram ou materializam essas realidades históricas. A exemplo, temos algumas estruturas de relações de poder, sobre as quais se torna necessário versarmos, para entendermos as relações locais. Entre estas estão o coronelismo, o clientelismo e o mandonismo.
O termo coronelismo deve ser entendido a partir de seu sistema de estruturação e funcionamento, sendo desta forma muito mais um sistema político que engendra relações entre o espaço municipal na figura do coronel e o espaço nacional na figura do presidente da república. Segundo Leal:
O que procurei examinar foi, sobretudo o sistema. O coronel entrou na análise por ser parte do sistema, mas o que mais me preocupava era o sistema, a estrutura e a maneira pelas quais as relações de poder se desenvolviam na Primeira República, a partir do município (LEAL, 1980 p. 13, apud CARVALHO, 1997).
Dessa forma, pode-se compreender que o coronelismo era o resultado na alteração das relações de existentes entre os fazendeiros influentes de determinados locais e o governo, sempre havendo as trocas de favores, onde o governo federal se beneficia com a figura do coronel fornecendo curral eleitoral significativo, e garante aos coronéis, o controle de muitos cargos públicos, que significa a garantia de sua soberania local. Essa transformação possui o intuito de fortalecer o poder estatal. Sua gênese, segundo Leal (op cit.), está na primeira república, que durou de 1889 à 1930.
Historicamente falando, o coronelismo foi uma prática que apresenta cada vez mais uma trajetória decrescente, à medida que novos atores