O ZEN NA ARTE DE CONDUZIR A ESPADA
O ZEN NA ARTE DE CONDUZIR A ESPADA
A Antiga Arte Japonesa da Esgrima
Tradução
Alayde Mutzenbecher
Editora Pensamento
São Paulo
Título do original:
Die Kunst das Schwert zu Führen
[A Arte de Conduzir a Espada]
Copyright (C) 1969 e 1976 by Scherz Verlag
- Berna, Munique, Viena - para Otto Wilhelm Barth Verlag
O texto do Tengu-geijutsu-ron apareceu em sua versão anterior, mais extensa, sob o título de Die Kunst der Bergdämonen [A arte dos demônios da montanha]. A versão atual contém o cerne dessa obra, sem abreviações.
Edição
-3-4-5-6-7-8-9-10
Ano
94-95
Direitos reservados
EDITORA PENSAMENTO LTDA.
Rua Dr. Mário Vicente, 374 - 04270 São Paulo, SP
Impresso em nossas oficinas gráficas.
SUMÁRIO
Prefácio do Autor 7
Discurso Sobre a Arte dos Demônios da Montanha ( Tengu-Geijutsu-Ron ) 15
Prefácio 17
Shissai Chozan 21
Conclusão 107
5
PREFÁCIO DO AUTOR
Não deve transcorrer muito tempo para que o Kendô, modalidade japonesa da arte da esgrima, venha a ocupar uma posição proeminente na consciência do Ocidente, junto ao Judô, há muito conhecido dos europeus. Já existem associações de Kendô na
Inglaterra e na América e, diante do crescente interesse pela cultura do Extremo
Oriente, é de se esperar que também esse setor continue a florescer. Mas, além de sua conotação esportiva, o Kendô tem uma tradição filosófica muito mais antiga e profunda. O Tengu-geijutsu-ron, um tratado do século XVIII sobre a arte da esgrima, fornece um vislumbre dos fundamentos espirituais dessa arte, sem entrar muito em detalhes técnicos. Por isso, parece-nos particularmente apropriado ressaltar alguns traços típicos do Kendô, que o distinguem nítida e profundamente da arte de esgrima européia, mesmo quando, por exemplo, a representação do duelo com o urso no teatro de marionetas de Kleist descreve imagens de perfeição artística na esgrima, muito próxima do conceito japonês.
Além do Tengu-geijutsu-ron