O voluntariado jovem - reflexões
Os adolescentes de hoje são jovens que buscam, num mundo de frenéticas solicitações e mutações nem sempre percetíveis, a desmistificação e o porquê das coisas, não sabendo, amiudadas vezes, na avidez de conhecer, o que exatamente procuram, nem como irão encontrar o que desejam. Todavia, apesar dos diferentes rótulos que uma ou outra sociedade lhes empresta, cada vez mais, demonstram um mesmo desejo de viver num mundo melhor. Desde há algum tempo que, esses mesmos adolescentes continuam a carregar, porventura aqui mais do que ali ou ontem mais do que hoje, o estereótipo de passivos e irresponsáveis, por não se envolverem em questões consideradas verdadeiramente relevantes. Afinal, como exigir a participação daqueles que não são nem estimulados, nem preparados a participar?
Acreditar no voluntariado jovem significa - é claro - acreditar no voluntariado e no jovem. Nos últimos anos, especialmente nesta década, vem tomando forma, um pouco por todo o mundo e na Europa e EUA em particular, a conceção de voluntariado como ação cívica; que tem como objetivo a mobilização de pessoas, empresas e instituições da sociedade civil para repensar e ultrapassar os seus próprios problemas; tanto pela articulação de iniciativas e recursos, quanto pela reivindicação de políticas públicas satisfatórias. A participação direta de cidadãos em atividades sociais pode contribuir para a minimização da exclusão social e para a consolidação de uma cidadania participativa. Assegurar os direitos humanos e sociais, passa a ser uma responsabilidade não apenas do Estado, mas de toda a sociedade.
Dentro dessa nova realidade, como se pode caracterizar o voluntário e o voluntariado? "O voluntário é o cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa o seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, a causas de interesse social e comunitário. Além de bem informado e consciente da complexidade dos problemas sociais, o