O Uso Pol Tico Da Arte

Estética e Filosofia das Artes
Professor: Fabrício Fortes
Bianca Almeida Rios

O uso político da arte

A arte primeiro se consolidou como instrumento de culto, inicialmente considerada mágica e depois associada às mais diversas religiões. Durante o renascimento, período de intensa reflexão antropológica, em contraposição a postura teocêntrica do período medieval, o culto se voltou à beleza. Posteriormente, se instituiu o movimento da arte pela arte, já denunciando a decadência da ideia desta como ferramenta de culto, e ainda da arte com objetivos sociais, de protesto, denúncia e conscientização dos problemas e conjuntura social.
Mas, uma de suas possibilidades mais exploradas é a do uso em publicidade e como veículo de comunicação com as massas, uma face tanto aproveitada pela iniciativa privada, visando levar o conhecimento dos seus produtos e serviços ao público e direcioná-lo a consumi-los, quanto pelo setor público e o grupo que está no poder ou almeja alcançá-lo. Muitas vezes há a conjugação dessas duas forças numa relação de benefício mútuo.
Essa última possibilidade e também aquela da arte como forma de conscientização e protesto, só ocorrem pela dimensão que determinados tipos de obras artísticas conseguiram atingir no que tange ao número de pessoas que alcançam.
A pintura e a escultura são feitas, a princípio, para a apreciação de poucos por vez, e mesmo que sejam postas em locais de muita circulação ou numa exposição que atraia grande público, ainda assim tem um alcance limitado. E se há cópias dessas peças, elas não possuem o valor artístico das originais e são geralmente vistas como falsificações.
A música e a produção escrita, por não dependerem de uma forma física única e específica, pois uma música composta em determinados instrumentos não deixa de ser igualmente apreciada se tocada em outros e um livro é muito mais relevante pelo seu conteúdo do que pela tinta e papel utilizados, assim não estando presos a condição em que se encontram a pintura e a