O uso dos metais
Provavelmente, o cobre foi descoberto por acaso, quando alguma fogueira de acampamento foi feita sobre pedras que continham minério cúprico. É presumível que algum observador neolítico de olho arguto tenha notado o metal assim derretido pelo calor do fogo, reproduzindo mais tarde o processo propositadamente.
Por certo tempo, o cobre foi usado na forma pura porque assim era obtido. Mas o cobre puro é mole para fazer instrumentos e armas úteis. Do 4º ao 3º milênio, as técnicas de fusão e modelagem vão se sofisticando quando surge a primeira liga, o cobre arsênico, composto tão venenoso que logo terá que ser substituído.
O passo seguinte foi a descoberta de que a adição ao cobre de apenas pequena proporção de estanho formava uma liga muito mais dura e muito mais útil do que o cobre puro. Foi a descoberta do bronze, que possibilitou ao homem modelar uma multidão de novos e melhores utensílios: vasos, serras, espadas, escudos, machados, trombetas, sinos e outros. Mais ou menos ao mesmo tempo, o homem aprendeu a fundir ouro, prata e chumbo.
Entre 3000 e 2200 a.C. - época contemporânea dos sumérios e do antigo império egípcio -, a Idade do Bronze chegou para os povos neolíticos que ocupavam Creta e as Cíclades. Florescentes manufaturas de metal existiam em Creta, por volta de 2500 a.C., nas Cíclades e na parte meridional do continente.
A procura dos minérios pelos testemunhos que os egípcios, por exemplo, nos puderam deixar foi a causa de muitas expedições guerreiras e de inúmeras rotas comerciais que favoreceram as mais diversas