USO DO VINIL AUTO-ADESIVO COMO PROCEDIMENTO NÃO-TÓXICO PARA GRAVURAS EM METAL
GRAVURAS EM METAL
HERMES GOMES DOS SANTOS JUNIOR1; TÔNI RABELLO DOS SANTOS2;
ANGELA RAFFIN POHLMANN3
1
Universidade Federal de Pelotas – hermesjunior1@hotmail.com
2
Universidade Federal de Pelotas – tonirabello@yahoo.com.br
3
Universidade Federal de Pelotas – angelapohlmann@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
O procedimento aqui proposto apresenta uma alternativa não-tóxica ao processo tradicional da água-forte. Utilizamos imagens recortadas à mão livre, com o uso de instrumentos de desenho técnico ou ainda recortadas previamente por processos eletrônicos (plotagem de recorte), em película de vinil auto-adesivo aplicado diretamente na superfície de uma placa metálica (cobre, alumínio, latão ou zinco). A matriz, depois de desoxidada e desengordurada, é então gravada utilizando qualquer método não-tóxico. Neste caso, utilizamos a eletrogravura.
A água-forte é uma técnica de gravura em metal bastante difundida. O principal benefício do seu uso está na exatidão com que o traço do artista, como gesto, é transferido para a matriz, assemelhando-se muito a um desenho à mão livre. Em contrapartida às vantagens estéticas obtidas com esta técnica, a toxidade das substâncias utilizadas nos processos de gravação e impressão da água-forte acabam por expor o artista gravador, prolongadamente, aos efeitos nocivos de um ambiente bastante insalubre. Assim, este estudo visa desenvolver não um substituto ao processo da água-forte, mas uma técnica alternativa a esta, que ofereça resultados parecidos, porém com menor grau de toxidade ao artista e ao meio ambiente. A gravura em metal, processo no qual placas metálicas são utilizadas como matriz, é um método de reprodução de imagem bastante antigo. As "técnicas indiretas" de gravura em metal, água-forte e água-tinta, utilizam os chamados
"mordentes" (soluções corrosivas usadas na gravação das matrizes). Estas técnicas surgiram no século XV, no período