O uso do jargão
INTRODUÇÃO
Muitas vezes, nos sentimos deslocados em um ambiente porque não conseguimos entender sobre o que as pessoas estão falando. Outras vezes, nos dirigimos a alguém ou, a um grupo de pessoas e não nos fazemos compreender.
Um dos problemas da comunicação é o uso inadequado do vocabulário. Freqüentemente, o vocabulário utilizado está fora de contexto: o emissor não considera que tipo de público está recebendo a mensagem.
É preciso, também, conhecer bem a situação em que a mensagem está inserida. Podemos, por exemplo, usar uma linguagem mais coloquial ou mais formal. Podemos transitar entre dois tipos de comportamento:
• Comportamento coloquial (informal, familiar, íntimo, entre amigos, mais espontâneo);
• Comportamento formal (onde se adotam certas posturas menos espontâneas, uma linguagem mais erudita, culta, menos íntima, mais especializada).
Na prática, não há uma linha divisória entre a linguagem coloquial e a linguagem formal. O que se percebe é uma linha de transição entre um nível e outro. Por exemplo: uma aula, por ser didática, exige um nível formal da linguagem. No entanto, em determinados momentos, a coloquialidade faz-se necessária para a motivação e/ou o esclarecimento dos alunos.
Um conto ou uma crônica, como textos literários que são, revelam um alto grau de formalidade e correção lingüística. No entanto, em função do assunto ou do tipo de leitor almejado, a linguagem pode apresentar traços de informalidade.
Não podemos nos esquecer que a língua é um código, o código lingüístico. Uma das características de um código é que, para ser compreendido, tanto emissor como interlocutor deve conhecê-los muito bem.
O jargão é um tipo de código lingüístico. É um conjunto de termos ou expressões comuns a um grupo de especialistas: termos especializados de economia, de informática, de publicidade, de jornalismo e de outras atividades.
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