O uso do crack e suas consequências para a saúde
RESUMO
O crack e os transtornos decorrentes de seu abuso tornam-se um problema de saúde pública. Em função da complexidade desse tema o presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão dos principais efeitos e problemas do uso do crack, visto que esse assunto requer atenção da comunidade científica em razão de toda problemática envolvida, devido a essa droga possuir uma rapidez superior a outras drogas a provocar a dependência química.
Palavras-chave: Crack - Cocaína - dependência
INTRODUÇÃO
A cocaína é uma substância natural, extraída das folhas de uma planta que ocorre exclusivamente na América do Sul: a Erythroxylon coca, conhecida como coca ou epadú, nome dado pelos índios brasileiros (CARLINI et al, 2001). O envolvimento humano com substâncias psicoativas, em especial a cocaína, retorna a um passado longínquo. O crack que não é uma nova droga, mas um novo meio de administração da cocaína e o aumento do seu uso tem sido assustador em todas as regiões do Brasil, bem como a procura pelo tratamento. O nome crack é derivado do ruído característico que é produzido pelas pedras quando estão sendo decompostas pelo fumo (RODRIGUES et al, 2006). As pedras de crack vêm sendo adulteradas com substâncias inertes ou estimulantes de baixo custo, o que tem diminuído sua pureza em termos de concentrações de cocaína. Os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, e os sintomas da síndrome de abstinência são rapidamente desenvolvidos. O crack é considerado uma jogada de marketing, por ser barato e alcança classes econômicas antes não atingidas pelo alto custo da cocaína (RODRIGUES et al, 2006). Com isso é comum o uso de múltiplas drogas, com o propósito manipular a intensidade ou duração dos efeitos do crack, seja como paliativo aos efeitos negativos (alucinações; delírios; fissura – desejo incontrolável de repetir o uso; sensação de depressão e