o uso do crack:um problema social restrito ás metrópoles?
Este trabalho fala sobre o uso de substâncias psicoativas tendo como principal o crack que constitui um problema de saúde pública contemporâneo que vem despertando intensa preocupação no cenário internacional. Tem se observado crescimento vertiginoso de quadros de abuso e dependência química, o que constitui, hoje, problema mundial de Saúde Pública tendo em vista a magnitude e a diversidade de aspectos envolvidos. O uso de drogas, lícitas ou ilícitas, constitui realidade palpável que penetrou os interstícios de praticamente todos os países. (GARCIA et at, 2011).
Além disso, o consumo abusivo de substâncias psicoativas está altamente associado com comportamentos violentos e criminais, como acidentes de trânsito e violência familiar, principalmente entre indivíduos com histórico de agressividade e com complicações médicas e psiquiátricas, elevando drasticamente os índices de morbidade e mortalidade. (SCHEFFER et at, 2010).
Portanto, falaremos sobre as conseqüências do uso abusivo das drogas na vida psicossocial e no meio familiar. Mostraremos também que as drogas não estão restritas às Metrópoles, como a população compreende esse problema e como o trabalho do Assistente Social pode contribuir para o atendimento dessa população.
DESENVOLVIMENTO
A grande maioria dos seres humanos já teve contato com algum tipo de droga durante a vida, seja ela legal ou proibida. As primeiras experiências com drogas ocorrem entre colegas ou no grupo de amizades. O primeiro cigarro de maconha coloca o adolescente em uma grande avenida que se abre para o crime, e nesta avenida de mão única o motorista dificilmente retorna, e, quanto mais avança, mais se aproxima do inusitado. Aquele que era a vítima passa a ser causador de vítimas. A gravidade da questão da drogadicção está na imposição que o submundo faz e que leva à degradação total da condição humana; por isso, o uso de drogas e a marginalidade não podem estar dissociados no discurso do