O uso da tecnologia em pacientes de uti
A internação de um parente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) costuma gerar várias necessidades nos membros de sua família, os quais não têm recebido atendimento adequado dos enfermeiros. Objetivo: avaliar o uso da tecnologia de grupo como estratégia para o acolhimento da família de pacientes internados em UTI. Metodologia: pesquisa descritiva do tipo estudo de caso, desenvolvida em um hospital de Goiânia - GO, cidade da região Centro-Oeste do Brasil, entre 2005 e 2006. Foram realizadas dez sessões do Grupo de Apoio aos Familiares (GRAF) para visitantes dos pacientes internados nas UTIs investigadas, as quais foram gravadas e registradas em diário de campo para descrição e análise do processo grupal. Posteriormente, oito participantes foram entrevistados para avaliar o atendimento das necessidades familiares de informações e suporte. A intervenção também foi avaliada pela presença de fatores terapêuticos baseado no Q-sort de Yalom (1975), identificados tanto pela coordenação do grupo quanto pelos familiares entrevistados. Resultados: 51 familiares participaram do GRAF, com média de 6,9 participantes por sessão. Os participantes mostraram mais interesse em conversar sobre o ambiente da UTI, explicações técnicas recebidas, modo de agir diante do paciente, reações e dificuldades familiares, infecção hospitalar, promoção da saúde e prevenção de doenças. O GRAF foi avaliado pelos familiares como boa estratégia de acolhimento e de atendimento de suas necessidades de informações e suporte. Os fatores terapêuticos identificados pela coordenação do GRAF e pelos familiares foram: universalidade, oferecimento de informações, coesão, fatores existenciais e instilação de esperança. Altruísmo, desenvolvimento de técnicas de socialização, comportamento imitativo e aprendizagem interpessoal foram identificados apenas pelos familiares entrevistados. Considerações finais: a tecnologia de grupo mostrou ser uma estratégia