Artigo
Faculdade de Comunicação e Artes da PUC-Minas, coordenado por Ivone de Lourdes Oliveira. Uma das questões mais freqüentes nas reflexões do grupo são os desafios que os pesquisadores e estudiosos de comunicação organizacional e de relações públicas encontram para entender os seus objetos de estudo e sua interface com o campo da comunicação e outras áreas de conhecimento. Apesar de essas áreas ganharem cada dia mais espaços de reconhecimento acadêmico, com suas produções científicas e a importância que adquirem no mundo empresarial e institucional, ainda existe um descompasso entre suas naturezas teórica e prática.
A partir de revisão da literatura produzida no Brasil em comunicação organizacional e relações públicas, observamos que a produção científica, até o presente momento, estabelece poucas articulações com a questão epistemológica do campo da comunicação discutida em fóruns de debate como a Intercom e a Compós1, entre outros. São muitas as investigações desenvolvidas na busca do estabelecimento de interfaces entre as duas áreas, tratando-se de uma temática há muito discutida nos meios acadêmicos e profissionais. Pesquisa realizada por Margarida Kunsch (1997), levanta essa discussão a partir de estudos teóricos e de dados obtidos por meio de pesquisa de opinião junto aos segmentos profissionais e organizacionais.
Como a autora afirma na introdução, foi sua intenção “registrar algumas reflexões sobre os passos das relações públicas e da comunicação organizacional no Brasil, resgatando aspectos relevantes que perpassam sua história e lançando novas idéias sobre qual deve ser a atuação das relações públicas nas organizações modernas”(p.15). O que se percebe é que há desencontros, tanto entre os profissionais da academia como entre os atuantes no mercado, ao