O uso da genética molecular na identificação de genótipos resistentes ou susceptíveis a endoparasitas
Márcio da Silva Costa
Doutorando em Ciência Animal
INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento da biologia molecular, tornou-se possível estudo de polimorfismos dos genes, principalmente os não expressos e associá-los a doenças que acometem os indivíduos de várias espécies. Desde então, os estudos com marcadores moleculares associando-os ao fenótipo têm sido cada vez mais realizados, o que tem determinado a identificação de genótipos superiores mais precoces.
No que diz a respeito a verminose, o uso contínuo de quimioterápicos com justificativa de excluí parasitas do rebanho ou mantê-los em níveis aceitáveis, tem provocado perdas, além de contribuir para a contaminação do meio ambiente e produção de alimentos com resíduos de vermífugos. Assim, níveis consideráveis de resíduos poderão entrar na cadeia alimentar humana e ocasionar problemas de saúde pública. Os endoparasitas apresentam mecanismo para escapar do sistema imune do hospedeiro, que
permite
desenvolver
cepas
resistentes
aos
quimioterápicos
principalmente os mais usados que torna as infecções mais acentuadas. Pesquisas com ovinos na Nova Zelândia identificaram resistência dos nematóides a 43% e 33% aos princípios ativos Benzimidazóis e Lactonas Macrocíclicas. Casos de resistências aos nematóides Haemonchus contortus, Teladorsagia circucincta e Trichostrongylus columbriforms, tem sido mencionados em várias partes do mundo, considerando-as como as principais espécies parasitas que acometem caprinos e ovinos (Crawford et al.,
2006).
Marcadores moleculares são definidos como todo e qualquer genótipo molecular oriundo de um gene expresso ou não de um segmento específico de DNA que podem ou não terem função conhecida (Ferreira & Grattapaglia, 1998). Dentre os marcadores moleculares que têm sido utilizados com mais freqüência, pode-se citar os microssatélites, porém