O uso da cana
A utilização de alimentos com nutrientes capazes de manter e assegurar as exigências de mantença e o nível de produção pretendido, juntamente com um baixo custo de produção constitui a base do sucesso de uma exploração leiteira, visto que os custos dos alimentos representam mais da metade do custo da produção, exercendo grande influência sobre a rentabilidade de todo o processo produtivo (EMBRAPA, 2009). Os custos dos alimentos devem ser minuciosamente analisados, contabilizados e devem estar de acordo com a produtividade alcançada, ou seja, os animais que consumirem ração concentrada, por exemplo, devem estar produzindo uma média de leite por dia, de forma que essa produção cubra esses custos de ração (PREDIGER, 2009).
A cana-de-açúcar é um volumoso que se enquadra dentro desse sistema de redução de custos de produção, uma vez que ela destaca-se como uma forrageira em potencial para uso na alimentação de ruminantes por diversas razões, dentre elas: a) cultura de fácil cultivo e manutenção; b) cultura que dispõe de tecnologia avançada; c) após a maturação mantém a composição praticamente inalterada; d) forrageira de alta produtividade (MS/ha); e) forrageira adequada para uso coincidindo com a época de escassez de forrageiras de bom valor nutritivo; f) valor energético elevado; g) volumoso de baixo custo e h) dentre outros aspectos (OLIVEIRA, 1999).
A cana como suplemento alimentar para bovinos é uma prática que vem sendo amplamente utilizada pelos pecuaristas brasileiros, para amenizar os efeitos causados pelo período das secas quanto à diminuição na produção e qualidade das forrageiras. O fornecimento da cana é principalmente na forma in natura ou na forma de silagem.
A ensilagem da cana consiste na fina picagem (partículas de 0,5 a 0,8 mm) e rápido acondicionamento da forragem em estrutura de armazenagem resultando na fermentação anaeróbia do ensilado. Na fermentação da cana-de-açúcar ocorre extensa atividade