O Título Senhor
Este trabalho, nascido a partir das aulas de Cristologia, tem como necessidade um comprometimento maior com a pessoa de Jesus de Nazaré.
Ainda que seu berço tenha sido a sala de aula e a motivação a tentativa de elaborar um texto sobre a passagem do Catecismo da Igreja Católica, levando em conta as fontes dogmáticas sobre as quais se funda. (Cat. 446 – 451).
O objetivo é ambicioso e atrevido: apresentar Jesus de Nazaré, conhecido à luz de nossa experiência humana e iluminado pela fé da Igreja.
Assim como vemos um só lado da lua e precisamos da visão da ciência para conhecê-la de modo completo, cabe também pela fé chegarmos ao mistério de Jesus, fora do alcance de nossas experiências pessoais e racionais Os Evangelhos surgiram do encontro pessoal com Jesus dentro da comunidade Igreja, pela fé e esclarecido pela catequese; hoje também convidam-nos a viver uma fé adulta e um conhecimento mais sólido e fundamentado, dentro da comunidade Igreja e em diálogo com o próprio Jesus.
...Jesus é o Senhor.
( Fil 2,11)
A Igreja primitiva investigando sobre a pessoa de Jesus, lhe atribuiu alguns títulos. Com eles, vincularam Jesus à sua mensagem.
Apresentam Jesus, não como um ser celeste, como anjo, mas como homem, extraordinário por sua mensagem, porém vulnerável, acessível e frágil. Como chefe de um grupo de discípulos, o chamavam “Mestre” e como pregador do reino de Deus, o reconhecem como “o profeta” do final dos tempos.
Como é natural, os primeiros ouvintes de Jesus não se questionaram muito sobre Ele, bastava-lhes saber seu nome e que era de Nazaré; o importante era o que Ele fazia e dizia. A sua mensagem foi ganhando tal consistência que as perguntas sobre a sua pessoa foram se tornando cada vez mais urgentes. Quem é esse homem que diz e faz tais coisas?
É inegável que foi a comunidade pós-pascal que deu os títulos de Messias, Filho de Davi e Filho de Deus. Compreende-se facilmente que as primeiras comunidades escolheram os